Vitória do Benfica por um expressivo 5-1 nesta sétima jornada.

O Benfica começou a perder por 1-0 no primeiro remate do Gil Vicente, mas conseguiu virar o jogo para 2-1, resultado que se registou ao intervalo. Na segunda parte, depois de entrarem os suplentes, o Benfica marcou mais 3 golos, fixando o resultado final em 5-1. Apesar de ter marcado 5 golos, o Glorioso não criou muitas oportunidades de golo.

O Gil Vicente praticou um bom futebol, teve bastante posse de bola,  de notar que teve 50% de posse de bola como o Benfica, mas também não criou muitas oportunidades de golo.

O resultado foi algo exagerado, tendo em conta o que se passou em campo.

Destaque negativo para o guarda-redes do Benfica, Trubin, que não conseguiu fazer uma defesa e sofreu mais um golo bastante consentido. É um guardião fraco, que não transmite segurança na baliza; apenas é relativamente bom nas saídas a bola ao estilo de um guarda-redes de andebol.

Destaque também para a atitude dos suplentes do Benfica, que, após substituírem os titulares, marcaram mais golos num espaço de tempo menor.

Na sexta jornada, o Benfica foi ao Bessa jogar contra o Boavista e venceu com um contundente três a zero.
Este jogo não tem muita história, uma vez que o Boavista foi uma equipa inexistente, que não criou uma oportunidade de golo e limitou-se a defender. Por isso, houve uma clara superioridade do Benfica, que já vencia ao intervalo por dois a zero. Na segunda parte, a história manteve-se e o Glorioso marcou mais um golo, fixando o resultado final.

Aspectos a realçar pela negativa: o facto de o Benfica ter criado poucas oportunidades claras de golo e ter falhado muitos passes no sector atacante. O aspecto positivo é que a equipa jogou bastante unida, correu, lutou e jogou como equipa, cumprindo o que lhe competia, que era vencer.

Quero destacar o facto de Pavlidis ter finalmente marcado um golo, o seu segundo. O Artur Cabral entrou a cinco minutos do fim e também marcou. Julgo que o Artur Cabral é mais ponta de lança e começa a merecer a titularidade, porque Pavlidis, embora corra muito pela esquerda e pela direita, não cria oportunidades de golo.

Seguimos para o próximo jogo.

Com a paragem das seleções e estes quinze dias agitados pela saída de Roger Schmidt e a entrada de Bruno Lage, havia uma grande expetativa na nação benfiquista para ver como iria jogar a equipa com o novo treinador. A prova disso é que, este sábado, estiveram mais de 60 mil pessoas a assistir e a apoiar incessantemente no encontro com o Santa Clara.

Mas vamos ao que interessa: como jogou o Benfica?

O Benfica apresentou um esquema mais pressionante e, acima de tudo, com muita vontade de mandar no jogo. Jogou melhor do que nas jornadas anteriores? Ligeiramente, sem com isto querer dizer que praticou um bom futebol. Saliento que, na primeira parte, falharam muitos passes, fruto de uma equipa ansiosa e nervosa em mostrar futebol. Na segunda parte, esse aspeto foi mais ou menos corrigido.

É de notar que esta vitória por 4-1 tem a particularidade de a equipa ter começado a perder aos vinte e quatro segundos, fruto de um falhanço de Otamendi. Por isso, houve uma reviravolta que aconteceu por volta da meia hora de jogo. Fomos para o intervalo a vencer por 2-1 e, na segunda parte, marcámos mais 2 golos. Criámos também oportunidades claras para chegar à meia-dúzia, mas quis o destino que não fossem concretizadas.

Como referi, o Benfica jogou num esquema mais pressionante, parecendo-me que variou entre um 4-4-2, um 4-1-3-2 e um 4-1-4-1, mostrando assim um estilo muito ofensivo. Enfim, teve uma postura em campo diferente da que existia com Roger, ao desfazer o bloco defensivo formado por Fiorentino/Barreiro, com a retirada de Barreiro e a posterior entrada de Rollheiser, que jogava ora como atacante, ora como médio.

A equipa entrou nervosa, mas foi melhorando até às substituições. Com a entrada de Schjelderup e Prestianni, ao minuto 73, perdeu algum do seu vigor, pois estes jogadores não acrescentaram nada e até pioraram a equipa. No entanto, o resultado já estava feito e já não havia muito a jogar para que o Santa Clara causasse grande perigo.

O Santa Clara, na Luz, foi uma equipa inexistente ofensivamente durante os 90 minutos. Limitou-se a defender, mas, mesmo assim, conseguiu estar na frente na primeira jogada do desafio. Além disso, em outro ataque, mandou uma bola ao poste, num lance em que Trubin estava batido.

Gostaria de destacar um jogador do Benfica que me agradou muito: Carreras. Correu bastante pelo corredor esquerdo e esteve envolvido em muitas jogadas ofensivas.

Se gostei do jogo? Não muito, porque, como disse, a primeira parte foi muito mal jogada. Gostei, contudo, da entrega dos jogadores, da pressão e pareceu-me que mudaram de atitude, apresentando-se com mais raça benfiquista. A ver vamos em futuros jogos, mas parece-me que estão no bom caminho.

Só uma palavra sobre a contratação de Bruno Lage e o despedimento de Roger Schmidt:

Sobre Bruno Lage, quero dizer que não gostei da escolha porque ele já esteve no Benfica e foi despedido por incompetência, e temo que isso possa voltar a acontecer. No Benfica, só teve sucesso à custa do talento de João Félix, e as suas experiências posteriores, a treinar em dois clubes diferentes, resultaram também em fracassos, tendo sido despedido.

Dos nomes falados, também não gostaria de ver Sérgio Conceição, por causa do seu passado muito recente com o FC Porto, em que Conceição era mais que um Treinador e estava muito proximo de Pinto da Costa, parecia quase um Dirigente do FC Porto.

Não conheço muitos treinadores para sugerir nomes para o Benfica, mas em relação a Treinadores Portugueses, gostaria de ver, por esta ordem, Abel Ferreira ou Marco Silva. No entanto, ambos tinham clube neste momento, por isso seria difícil virem para o Benfica.

Uma coisa que não percebo neste momento no Benfica é quem é o responsável pelas contratações, porque o Benfica contratou três jogadores no final do mercado que não foram treinados por Roger Schmidt e que vão ser treinados por Bruno Lage. Fica a pergunta: quem os escolheu? Quem escolhe o plantel do Benfica?

Sobre o despedimento de Roger Schmidt, parece-me que Rui Costa peca por ter tomado a decisão tardiamente, porque esta devia ter acontecido no final da época passada. Neste momento, na minha opinião, também é um pouco incompreensível tê-lo despedido, porque os resultados desta época estão em consonância com os da época anterior (também perdemos com o Famalicão e empatámos com o Moreirense). Por este motivo, por terem chegado reforços e por Roger Schmidt ter algumas jogadores fundamentais do plantel lesionado aquando do jogo com o Moreirense, sou da opinião de que Rui Costa não devia ter despedido o treinador. Além disso, apostou nele para esta época. Por esta sucessão de motivos, julgo que Roger Schmidt faz bem em pedir a indemnização por inteiro, porque foi "traído" por Rui Costa.

Neste momento, desejo felicidades ao Bruno Lage e espero que ele tenha muito sucesso a comandar o Benfica.