Com a paragem das seleções e estes quinze dias agitados pela saída de Roger Schmidt e a entrada de Bruno Lage, havia uma grande expetativa na nação benfiquista para ver como iria jogar a equipa com o novo treinador. A prova disso é que, este sábado, estiveram mais de 60 mil pessoas a assistir e a apoiar incessantemente no encontro com o Santa Clara.

Mas vamos ao que interessa: como jogou o Benfica?

O Benfica apresentou um esquema mais pressionante e, acima de tudo, com muita vontade de mandar no jogo. Jogou melhor do que nas jornadas anteriores? Ligeiramente, sem com isto querer dizer que praticou um bom futebol. Saliento que, na primeira parte, falharam muitos passes, fruto de uma equipa ansiosa e nervosa em mostrar futebol. Na segunda parte, esse aspeto foi mais ou menos corrigido.

É de notar que esta vitória por 4-1 tem a particularidade de a equipa ter começado a perder aos vinte e quatro segundos, fruto de um falhanço de Otamendi. Por isso, houve uma reviravolta que aconteceu por volta da meia hora de jogo. Fomos para o intervalo a vencer por 2-1 e, na segunda parte, marcámos mais 2 golos. Criámos também oportunidades claras para chegar à meia-dúzia, mas quis o destino que não fossem concretizadas.

Como referi, o Benfica jogou num esquema mais pressionante, parecendo-me que variou entre um 4-4-2, um 4-1-3-2 e um 4-1-4-1, mostrando assim um estilo muito ofensivo. Enfim, teve uma postura em campo diferente da que existia com Roger, ao desfazer o bloco defensivo formado por Fiorentino/Barreiro, com a retirada de Barreiro e a posterior entrada de Rollheiser, que jogava ora como atacante, ora como médio.

A equipa entrou nervosa, mas foi melhorando até às substituições. Com a entrada de Schjelderup e Prestianni, ao minuto 73, perdeu algum do seu vigor, pois estes jogadores não acrescentaram nada e até pioraram a equipa. No entanto, o resultado já estava feito e já não havia muito a jogar para que o Santa Clara causasse grande perigo.

O Santa Clara, na Luz, foi uma equipa inexistente ofensivamente durante os 90 minutos. Limitou-se a defender, mas, mesmo assim, conseguiu estar na frente na primeira jogada do desafio. Além disso, em outro ataque, mandou uma bola ao poste, num lance em que Trubin estava batido.

Gostaria de destacar um jogador do Benfica que me agradou muito: Carreras. Correu bastante pelo corredor esquerdo e esteve envolvido em muitas jogadas ofensivas.

Se gostei do jogo? Não muito, porque, como disse, a primeira parte foi muito mal jogada. Gostei, contudo, da entrega dos jogadores, da pressão e pareceu-me que mudaram de atitude, apresentando-se com mais raça benfiquista. A ver vamos em futuros jogos, mas parece-me que estão no bom caminho.